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A GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS NO SEU MELHOR
"Churchill estava sozinho, desmontado, ao alcance dos tiros dos bóeres, e pelo menos a dois quilómetros de qualquer tipo de cobertura. «Tinha uma única consolação - a minha pistola. Não podia ser perseguido desarmado em campo aberto, como acontecera antes. Mas um ferimento grave era a perspectiva mais brilhante.» Virou-se e (...) correu a pé para escapar dos atiradores bóeres. Enquanto corria, pensou para si próprio: «Aqui, finalmente, chegou a minha hora.»
De súbito passou por ele um dos batedores de McNeill. Churchill gritou-lhe: «Dê-me um estribo.» O batedor parou e Churchill saltou para trás dele. «Então cavalgámos. Pus os meus braços em volta dele para agarrar a crina. A minha mão ficou cheia de sangue. O cavalo tinha sido gravemente atingido; mas, animal corajoso, alongava-se com nobreza. As balas perdeguiam-nos apitando e assobiando - porque a distância era cada vez maior - por cima das nossas cabeças.»
«Não tenha medo», disse a Churchill o seu salvador, e gritou: «Meu pobre cavalo, oh meu pobre cavalo; foi atingido por uma bala explosiva. Diabos! Mas a hora deles chegará. Oh, meu pobre cavalo!»
«Não se preocupe», disse Churchill, «salvou-me a vida.»
«Ah», replicou o soldado, «mas é no cavalo que eu estou a pensar.»
In: Gilbert, Martin (2002), Churchill: Uma Vida, Bertrand, Chiado, p. 109