2003-07-21

Saco azul Bolsa de oportunidades para empreendedores

OUTRO ESTÁDIO COM DESVIOS. Há dias, numa "posta" que aparece aqui em baixo, discutiu-se a lotação do estádio do Bessa. Há agora novidades sobre a gestão de estádios, neste caso um pouco mais a norte, em Guimarães. Um dia em que se pense estudar a evolução histórica do pensamento e da praxis na gestão portuga talvez se consiga descortinar o pré e o pós-estádios Euro. Como se afirma, a notícia indicia que chega agora ao fim mais um episódio (ou estádio) da novela. A empresa municipal de águas e saneamento de Guimarães e Vizela parece que tomou a decisão sensata de não instalar-se no ... Estádio D. Afonso Henriques! Contam os jornais que a renda seria demasiado elevada - uns meros 5000 euros por mês! Empreender já sabia que as empresas municipais, com destaque para as de água e saneamento, se fartam de meter água. Se o contrato fosse avante seria digno duma autêntica ruptura com fugas incomportáveis. Parece, contudo, que reinou o bom senso na decisão, mas Empreender continua preocupado com a sorte de todos os verdadeiros empreendedores de Guimarães e Vizela. Senão veja-se a parte final da notícia, em que o Presidente da Câmara Municipal de Guimarães, não nos promete descanso: "A empresa Vimágua, responsável pelo abastecimento de água e saneamento básico dos concelhos de Guimarães e Vizela, não vai ficar instalada num dos espaços do remodelado estádio D. Afonso Henriques. Os valores pedidos pelo clube dirigido por Pimenta Machado, na ordem dos cinco mil euros, foram considerados excessivamente elevados pela Administração da Empresa Intermunicipal. A possibilidade de a nova sede ficar nos espaços comerciais do estádio estava a ser equacionada entre as direcções da empresa e do clube, mas gerou um coro de protestos e polémica quando foram tornados públicos os valores pedidos pelo Vitória de Guimarães. Tanto mais que foi a Câmara, sócia maioritária da Vimágua, que pagou grande parte dos custos das obras. A medida era encarada como uma forma de rentabilizar os espaços comerciais do estádio e, assim, ajudar na tarefa de manutenção da estrutura. O presidente da Câmara Municipal de Guimarães, António Magalhães, considera que a empreitada é difícil, tendo presente outros exemplos, como o do novo estádio do União de Leiria, que só em manutenção vai absorver um milhão de euros anuais. O autarca vimaranense reconhece as dificuldades que o clube vai ter pela frente e, por isso, garante que a Câmara Municipal não deixará que aquele espaço "de qualidade elevada" seja vítima da degradação." (Jornal de Notícias, Ed. Minho, 18 de Julho de 2003).
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