REDES ORGANIZACIONAIS. O "worshop" Redes Organizacionais decorrerá na Faculdade de Economia do Porto na próxima segunda-feira durante todo o dia. Com organização de Carlos Brito, o evento parte da seguinte constatação:
"As empresas não são entidades isoladas independentes umas das outras. Para realizarem de uma forma normal e contínua a sua actividade, elas têm que estabelecer ligações não só com fornecedores e clientes, mas também com concorrentes, clientes de clientes, consultores, organismos governamentais, etc. Essa teia de ligações não surge de um momento para o outro nem é susceptível de ser adquirida como qualquer máquina ou campanha publicitária. Pelo contrário, criar, desenvolver e manter uma rede de relacionamentos é um processo que exige tempo e que envolve, com frequência, compromissos para o futuro. Numa palavra, a network de relações que uma empresa possui deve ser vista como o resultado de um verdadeiro processo de investimento. Deste modo, a situação estratégica de cada empresa não depende apenas da quantidade e qualidade dos recursos que possui mas sim, principalmente, da posição que assume dentro da rede de relacionamentos na qual se insere uma vez que é ela – e a partir dela – que pode aceder, directa e indirectamente, às competências essenciais para o desenvolvimento do negócio. Desta forma, a estratégia empresarial passa fundamentalmente por todo o conjunto de acções que visem reforçar a sua posição dentro da rede. E para isso ela terá que estabelecer relações de complementaridade e cooperação com certas organizações, de competição com outras e até, em certos casos, de conflito. Ao longo das duas últimas décadas o Grupo IMP (Industrial Marketing and Purchasing) tem vindo a desenvolver intensa e valiosa pesquisa neste domínio. O workshop sobre Redes Organizacionais pretende ser, acima de tudo, um fórum que congregue quem faz investigação directa ou indirectamente baseada no quadro conceptual do IMP."
O workshop tem dois objectivos: i. potenciar as competências em termos de investigação, quer dos participantes individualmente considerados quer das instituições a que eles pertencem; ii. estreitar os laços existentes entre os investigadores que em Portugal trabalham no domínio das redes organizacionais, em especial no âmbito do Grupo IMP. Lá estaremos.