Hoje o Financial Times ficou a conhecer-me um pouco melhor. Como faço parte de um painel de leitores do jornal, pontualmente o FT contacta-me e pede-me que responda a um questionário pela internet. Fá-lo com alguma periodicidade, mas não mais do que três ou quatro vezes por ano. Tem sempre a delicadeza de me perguntar se, como retributo pelas minhas respostas, pretendo entrar no sorteio de um prémio entre os respondentes. No último inquérito, o prémio foi, salvo erro, um champanhe. Desta vez foi um daqueles navegadores para o automóvel que até vinha a calhar. Evidentemente, manifesto-me sempre disponível para o concurso, mas no caso do Financial Times não precisava sequer dessa gentileza para responder. Responder-lhe é o mínimo que posso fazer por um jornal que me é oferecido todas as manhãs no meu local de emprego. Ainda por cima um dos melhores jornais do mundo, sem exagero. O questionário de hoje condizia com o brinde a sortear. Ficaram a saber tudo o que eu penso de automóveis, que carros tenho, quanto custaram, sua idade, quem foram os compradores, quem os conduz, motivos de utilização, factores de compra, fontes de pesquisa de informação para decisão de compra, intenções de compra futura, atributos que percepciono em várias marcas e sabe-se lá mais o quê. Enfim, um questionário simples, muito bem desenhado, inteligente que até deu gosto responder. Fui sincero, compreendi muito bem onde o Financial Times quis chegar e no final até me identifiquei para me habilitar ao tal prémio. Só espero que agora não me mandem nenhum vendedor da Lexus cá à casa. Sei que o Financial Times não o fará.