No meu tempo, no 10.º ano escolhia-se uma área de estudo - ciências naturais, tecnologias, ciências socio-económicas, artes, ou letras - e depois tinha-se que estudar mais três anos para concluir o 12.º ano. A partir do próximo ano, parece que para concluir o 12.º ano basta ter mais de 18 anos e três anos de experiência. Nestas condições uma pessoa pode dirigir-se a umas coisas chamadas "centros de reconhecimento, validação e certificação de competências" e se mostrar ser habilidoso e competente dão-lhe o 12.º ano. Não faltará escolha porque o Governo ambiciona criar 270 centros destes (mesmo assim, muito menos do que o número de escolas que tem encerrado). Nesta matéria, a ambição é tanta que até 2010 pretende que 650 mil adultos passem por estes centros para obter um diploma do ensino básico ou do ensino secundário. Trata-se portanto duma receita que já é aplicada há alguns anos no ensino básico e que agora é estendida ao 12.º ano. A continuar assim, não demorará muito que chegue também ao ensino superior. Ficaremos então todos muito competentes e contentes. Venceremos a batalha da competitividade.