Por Vasco Eiriz
Sair para fora cá dentro
Ando algo divorciado do meu clube e do futebol. É sempre assim: ao fim de um mês de campeonato português, já estão todas as energias gastas com os árbitros, as polémicas, a incompetência generalizada dos dirigentes, o preço dos bilhetes, os horários, e até o jogo jogado. Mas desta vez dei atenção a um bom jogo de futebol, o que opôs o Manchester United com o Sporting. Fiquei sem dúvidas que o meu clube tem futebolistas e equipa para ombrear com as maiores equipas do mundo. Aliás, se bem virmos as coisas, na equipa do MANU alinharam de início dois ex-sportinguistas falando-se da provável incorporação de um outro. Admito também que o Porto, Benfica e até outros como o Braga tenham essa capacidade. Mas sabem o que falta? Falta ritmo competitivo cá dentro. E este é um problema idêntico ao das empresas: como é que elas serão internacionalmente competitivas se nos seus mercados domésticos são moles?! Isto foi notável na terça-feira. Mesmo com um futebol que não foi melhor que o do Sporting, desde que o árbitro deu início ao jogo até ao seu final, a concentração e o ritmo competitivo do MANU não esmoreceu um minuto que fosse. Ao Sporting – repito-o, com um futebol do mesmo nível – faltou-lhe, contudo, o ritmo que não é possível conseguir no mercado doméstico, pelo menos no seu estado actual. Daí que tenha perdido o jogo ao cair do pano. Isto é, portanto, uma lição para o futebol, para as empresas e para todos nós.
Assobiando para o ar
País interessante o nosso. Um secretário de Estado diz que é escandalosa a forma como as grandes empresas de construção civil fogem aos impostos e entram em esquemas obscuros que, como todos sabem, terminam em corrupção. Afirma-o e para quem tenha compreendido reafirma-o, exibindo, em pleno Parlamento, a incapacidade do Estado lidar com grandes interesses. Inquirido sobre o assunto, num rasgo de honestidade, o patrão dos patrões reconhece e assume o problema. No meio de tanta declaração inconsequente, os partidos políticos, como se nada fosse com eles, assobiam para o ar. Ora como ninguém é cego, só nos resta concluir que tudo isto não é mais do que o reconhecimento público e descarado do Estado em que vivemos, sem que nada se faça, numa resignação intolerável perante práticas que minam a já de si atarracada sociedade em que vivemos.
Ando algo divorciado do meu clube e do futebol. É sempre assim: ao fim de um mês de campeonato português, já estão todas as energias gastas com os árbitros, as polémicas, a incompetência generalizada dos dirigentes, o preço dos bilhetes, os horários, e até o jogo jogado. Mas desta vez dei atenção a um bom jogo de futebol, o que opôs o Manchester United com o Sporting. Fiquei sem dúvidas que o meu clube tem futebolistas e equipa para ombrear com as maiores equipas do mundo. Aliás, se bem virmos as coisas, na equipa do MANU alinharam de início dois ex-sportinguistas falando-se da provável incorporação de um outro. Admito também que o Porto, Benfica e até outros como o Braga tenham essa capacidade. Mas sabem o que falta? Falta ritmo competitivo cá dentro. E este é um problema idêntico ao das empresas: como é que elas serão internacionalmente competitivas se nos seus mercados domésticos são moles?! Isto foi notável na terça-feira. Mesmo com um futebol que não foi melhor que o do Sporting, desde que o árbitro deu início ao jogo até ao seu final, a concentração e o ritmo competitivo do MANU não esmoreceu um minuto que fosse. Ao Sporting – repito-o, com um futebol do mesmo nível – faltou-lhe, contudo, o ritmo que não é possível conseguir no mercado doméstico, pelo menos no seu estado actual. Daí que tenha perdido o jogo ao cair do pano. Isto é, portanto, uma lição para o futebol, para as empresas e para todos nós.
Assobiando para o ar
País interessante o nosso. Um secretário de Estado diz que é escandalosa a forma como as grandes empresas de construção civil fogem aos impostos e entram em esquemas obscuros que, como todos sabem, terminam em corrupção. Afirma-o e para quem tenha compreendido reafirma-o, exibindo, em pleno Parlamento, a incapacidade do Estado lidar com grandes interesses. Inquirido sobre o assunto, num rasgo de honestidade, o patrão dos patrões reconhece e assume o problema. No meio de tanta declaração inconsequente, os partidos políticos, como se nada fosse com eles, assobiam para o ar. Ora como ninguém é cego, só nos resta concluir que tudo isto não é mais do que o reconhecimento público e descarado do Estado em que vivemos, sem que nada se faça, numa resignação intolerável perante práticas que minam a já de si atarracada sociedade em que vivemos.
Franchising para atacar a gripe das aves
Voltando ao futebol, Luís Filipe McDonalds Vieira vai lançar uma cadeia de "franchising". A ideia é boa - devo aqui dizer - particularmente se o mercado tiver, como alguns acreditam, os tais seis milhões. Perante esta iminente rapinagem do mercado, na sede da Kentucky Fried Chicken, uma outra empresa de aves de aviário, soou o alarme: có co-ró có-có.
Distribuição de Dividendos, uma coluna com estatutos desblindados que não necessita de autorização da assembleia geral para distribuir dividendos e garante OPAs céleres.