Como as demais instituições de ensino superior portuguesas, imagino, a minha universidade está em período eleitoral. Com o propósito de, ao abrigo duma nova lei de governação universitária, eleger representantes que integrarão uma comissão para ridigir os seus novos estatutos. O acto eleitoral é já na próxima semana, mas este é um processo de ajustamento que irá durar longos meses, embora não seja liquído que deste desgastante processo resulte uma melhor governação do que aquela que já existe. Em períodos eleitorais emergem divergências, descobrem-se factos, fazem-se ataques (muitos deles de natureza pessoal), esgrimem-se argumentos, exprimem-se ideias (e, às vezes, à falta delas, espremem-se), apresentam-se "modelos", efectuam-se propostas, dão-se voltas, reviravoltas e mais voltas, prevêm-se resultados eleitorais, organizam-se debates, sessões de esclarecimento, lançam-se blogues e plataformas electrónicas. E adjectiva-se, adjectiva-se em excesso. Enfim, tudo o que é normal e previsível em período eleitoral. Depois, no meio de tudo isto, há coincidências que tornam a vida mais alegre. Precisamente em pleno período eleitoral, curiosamente poucos dias antes da votação, não é que o Museu Nogueira da Silva, uma "unidade cultural" da minha universidade, vai inaugural uma exposição intitulada "Do Carrasco e do Seu Riso"?! Ele há felizes coincidências! Teria graça se algum dos candidatos fosse à inauguração. É já no sábado, pelas 17 horas.