Por Vasco Eiriz
Inoperância
Menezes esteve bem ao propor que as empresas dominadas pelo Estado não tomem partido na eleição do conselho de administração do BCP, contenda marcada para meados de Janeiro. Estaria, no entanto, melhor se propusesse a privatização de empresas como a CGD ou, mesmo antes duma operação desta envergadura, recomendasse que a própria CGD alienasse as suas participações financeiras em empresas como o BCP. Qual é a lógica destas participações indirectas do Estado? Será que o Governo advoga que a CGD actue no mercado com os mesmos instrumentos dos seus concorrentes privados? Sim ou Não? Se sim, então deve alienar porque não deve ser esse o papel do Estado na economia. Se não, por maioria de razão deve também alienar porque não faz sentido o Estado actuar em sectores como a banca. Ao Estado pede-se que cumpra a sua função reguladora. E como se viu no caso do BCP, a inoperância do banco de Portugal não tem permitido que isso aconteça. Em síntese, qual é a lógica de actuação do Estado no sector bancário enquanto operador instalado? O que o justifica?
Membros externos
E se a sua universidade, em processo de escolha de "membros externos" para integrar uma assembleia estatutária, escolhesse um ex-reitor precisamente como "membro externo"? Mesmo que lhe ocorram só elogios à pessoa em causa e ela ter sido provavelmente o principal reitor da curta história da sua universidade, não lhe causaria estranheza o estatuto de "membro externo" a um ex-reitor? Afinal o que são "membros externos"? Será que o que está em causa são "membros ex" sem "ternos"? Será que eu compreendo cada vez menos a gestão universitária?
Menezes esteve bem ao propor que as empresas dominadas pelo Estado não tomem partido na eleição do conselho de administração do BCP, contenda marcada para meados de Janeiro. Estaria, no entanto, melhor se propusesse a privatização de empresas como a CGD ou, mesmo antes duma operação desta envergadura, recomendasse que a própria CGD alienasse as suas participações financeiras em empresas como o BCP. Qual é a lógica destas participações indirectas do Estado? Será que o Governo advoga que a CGD actue no mercado com os mesmos instrumentos dos seus concorrentes privados? Sim ou Não? Se sim, então deve alienar porque não deve ser esse o papel do Estado na economia. Se não, por maioria de razão deve também alienar porque não faz sentido o Estado actuar em sectores como a banca. Ao Estado pede-se que cumpra a sua função reguladora. E como se viu no caso do BCP, a inoperância do banco de Portugal não tem permitido que isso aconteça. Em síntese, qual é a lógica de actuação do Estado no sector bancário enquanto operador instalado? O que o justifica?
Membros externos
E se a sua universidade, em processo de escolha de "membros externos" para integrar uma assembleia estatutária, escolhesse um ex-reitor precisamente como "membro externo"? Mesmo que lhe ocorram só elogios à pessoa em causa e ela ter sido provavelmente o principal reitor da curta história da sua universidade, não lhe causaria estranheza o estatuto de "membro externo" a um ex-reitor? Afinal o que são "membros externos"? Será que o que está em causa são "membros ex" sem "ternos"? Será que eu compreendo cada vez menos a gestão universitária?
Liderança à mesa
À mesa ninguém nos bate. Com três vezes mais do que a média europeia somos o país europeu com o maior número de restaurantes per capita. O que seria se a estatística apurasse as tabernas, tascas, tasquinhas e barraquinhas?
Distribuição de Dividendos, uma coluna com estatutos desblindados que não necessita de autorização da assembleia geral para distribuir dividendos e garante OPAs céleres.