«Corria o ano de 1961 e Pacheco, como executivo da maldade ao "gaspas", lá vai até Vieira do Minho fazer, numa tipografia baratucha, os postais do "padeiro", que, às dezenas, seriam (e foram) mandados "para o Mundo Português". No regresso, queda-se Pacheco um dia em Braga e é aí que, a 16 ou 17 de Outubro de 1961, na Pensão Oliveira, "enquanto esperava pelo almoço", lhe sai a história de "O Libertino...". Uma história que durante muito tempo Pacheco "vendeu" como se o libertino fosse o seu alter ego. Hoje (...) confessa que não: o libertino era ele, passou-se tudo tal e qual.» Extracto de texto da capa de "O Libertino passeia por Braga, a Idolátrica, o seu Esplendor", Luiz Pacheco, Colibri, Lisboa, 1992 (1.ª edição: Contraponto, 1970).