O senhor ministro do ensino superior ficou surpreendido: «Seis a nove seminários fariam de bacharéis engenheiros e gestores. O Ministério do Ensino Superior está a investigar um protocolo "manifestamente ilegal" entre o Sindicato Nacional dos Engenheiros (SNE) e o Estabelecimento de Ensino Superior de Beja Dinensino, que permitiria a bacharéis a obtenção de "licenciaturas pré-Bolonha" em Engenharia Civil, Gestão de Empresas ou Informática de Gestão, bastando para tal a frequência de seis a nove seminários presenciais - o número dependia da experiência e do currículo - a terem lugar aos sábados» (Diário de Notícias, 15 de Fevereiro de 2008). Ora, se o ministro olhasse para o lado, veria no seu próprio Governo ambiciosos programas - com designações pomposas do tipo "novas oportunidades" - que atribuem o 9.º ano com um curso de jogador de futebol. Mas então, se o Instituto de Formação Profissional da Guarda pode atribuir o 9.º ano com um curso de jogador de futebol e o próprio chefe do ministro tirou engenharia como tirou, porque é que o Sindicado Nacional dos Engenheiros não há-de ele próprio atribuir o título de engenheiro a quem lhe bata a porta?