Para aqueles como eu que tiveram dificuldade em interpretar a nova missão da Universidade do Minho, surgiu por correio electrónico uma primeira interpretação: «A formulação da missão e dos objectivos que foi acordada pela AE (n.r.: Assembleia Estatutária) representa um avanço essencial na explicitação das linhas estratégicas que devem orientar a Universidade do Minho, inscrevendo-a num quadro de referência internacional e acolhendo com clareza o propósito de a posicionar como “universidade de investigação”.»
Ficamos pois a saber que o texto interpretativo corre o risco de ser, ele próprio, mais claro e explicito sobre a missão do que a própria, que, lembremo-nos, reza o seguinte: «A Universidade do Minho tem como missão gerar, difundir e aplicar conhecimento, assente na liberdade de pensamento e na pluralidade dos exercícios críticos, promovendo a educação superior e contribuindo para a construção de um modelo de sociedade baseado em princípios humanistas, tendo o saber, a criatividade e a inovação como factores de crescimento, desenvolvimento sustentável, bem-estar e solidariedade.»
Pena é que, ao contrário do referido texto, assinado pelos seis professores eleitos por uma das listas para a Assembleia Estatutária, a missão (a própria, aquela mesma que transcrevemos acima) nem sequer empregue os termos "investigação" ou "internacional". Ora, se para compreendermos uma coisa que deveria ser simples como a missão, há necessidade de textos interpretativos (que, aliás, dizem aquilo que a missão não diz), o que será quando os estatutos estiverem elaborados? Se a missão formalizada é um pronúncio do que aí vem em termos de estatutos, então a interpretação destes não se deve resolver com menos do que um Grande Dicionário Larousse da Governança Universitária no Minho (em 12 tomos, claro), acompanhado dos insubstituíveis pareceres das assessorias jurídicas.
Ficamos pois a saber que o texto interpretativo corre o risco de ser, ele próprio, mais claro e explicito sobre a missão do que a própria, que, lembremo-nos, reza o seguinte: «A Universidade do Minho tem como missão gerar, difundir e aplicar conhecimento, assente na liberdade de pensamento e na pluralidade dos exercícios críticos, promovendo a educação superior e contribuindo para a construção de um modelo de sociedade baseado em princípios humanistas, tendo o saber, a criatividade e a inovação como factores de crescimento, desenvolvimento sustentável, bem-estar e solidariedade.»
Pena é que, ao contrário do referido texto, assinado pelos seis professores eleitos por uma das listas para a Assembleia Estatutária, a missão (a própria, aquela mesma que transcrevemos acima) nem sequer empregue os termos "investigação" ou "internacional". Ora, se para compreendermos uma coisa que deveria ser simples como a missão, há necessidade de textos interpretativos (que, aliás, dizem aquilo que a missão não diz), o que será quando os estatutos estiverem elaborados? Se a missão formalizada é um pronúncio do que aí vem em termos de estatutos, então a interpretação destes não se deve resolver com menos do que um Grande Dicionário Larousse da Governança Universitária no Minho (em 12 tomos, claro), acompanhado dos insubstituíveis pareceres das assessorias jurídicas.
Temos, contudo, que admitir que o que mais preocupa o comum dos professores da casa não é propriamente a missão da sua universidade. Há, na verdade, matérias bem mais prosaicas que, essas sim, são mais relevantes para a "pluralidade dos exercícios críticos". E sobre essas também este blogue pensa dar contributos; se não temos uma boa missão, ao menos que venham aí uns bons estatutos!