Uma questão de concorrência
Por Vanda Lima
Todos nós conhecemos o conceito de concorrência – dos jogos, do desporto, das eleições, das lutas pelas progressões nas carreiras, entre outras situações. O que há de semelhante em todas estas situações é que duas ou mais partes concorrem entre si para atingir algo que todos anseiam. Assim, dito de uma forma simples, a concorrência é o esforço para conquistar algo que também é desejado pelo outro.
Na economia são diariamente visíveis actos de concorrência, que se reflectem, na maior parte das vezes, no preço, na quantidade e na qualidade dos produtos/serviços que são disponibilizados no mercado. As vantagens inerentes a um comportamento concorrencial entre as empresas faz-se sentir ao nível dos consumidores, com as descidas de preços e o incremento da qualidade dos produtos/serviços, mas também ao nível das empresas que se tornam mais eficientes e inovadoras. Neste sentido, a concorrência é vista como um motor da economia e assegura o bem-estar dos consumidores, garantindo uma oferta de produtos/serviços mais variada a preços mais baixos.
Este facto é fácil de entender. Se uma empresa não gere o seu negócio de modo eficiente, os clientes irão procurar outra empresa que satisfaça as suas necessidades através de um produto/serviço a um preço mais baixo ou ao mesmo preço mas com qualidade superior. São estas movimentações do mercado que podem levar uma empresa a ser substituída por outra que detém uma capacidade ou está disposta a fazer melhor ou por um preço mais baixo.
Sabe-se ainda que a concorrência dum determinado mercado é reforçada quando entram novas empresas pelo que quanto maior for o número de empresas a oferecer um produto/serviço mais concorrencial será esse mercado.
A exemplificá-lo está o que recentemente temos vindo a assistir no mercado da televisão por subscrição, a chamada "pay tv". Com o "spin-off" da PT Múltimédia do grupo Portugal Telecom, o mercado tornou-se mais competitivo. Em pouco mais de meio ano, verificamos que o serviço está tecnologicamente mais evoluído, disponibilizando um conjunto de funcionalidades interactivas - tais como, a gravação, pausa ou "video on demand" – e a preços mais baixos. A concorrência entre as duas principais empresas do mercado é visível, já se sentem os ganhos para os consumidores e espera-se que continue a proporcionar mais vantagens, através de mais e melhores serviços e a preços mais baixos.
Deste modo podemos concluir que o aumento do bem-estar dos consumidores depende, quase sempre, de uma questão de concorrência.
Vanda Lima é professora da Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Felgueiras. Licenciada em Economia, Mestre em Gestão e Doutoranda em Ciências Empresariais na Universidade do Minho.
Por Vanda Lima
Todos nós conhecemos o conceito de concorrência – dos jogos, do desporto, das eleições, das lutas pelas progressões nas carreiras, entre outras situações. O que há de semelhante em todas estas situações é que duas ou mais partes concorrem entre si para atingir algo que todos anseiam. Assim, dito de uma forma simples, a concorrência é o esforço para conquistar algo que também é desejado pelo outro.
Na economia são diariamente visíveis actos de concorrência, que se reflectem, na maior parte das vezes, no preço, na quantidade e na qualidade dos produtos/serviços que são disponibilizados no mercado. As vantagens inerentes a um comportamento concorrencial entre as empresas faz-se sentir ao nível dos consumidores, com as descidas de preços e o incremento da qualidade dos produtos/serviços, mas também ao nível das empresas que se tornam mais eficientes e inovadoras. Neste sentido, a concorrência é vista como um motor da economia e assegura o bem-estar dos consumidores, garantindo uma oferta de produtos/serviços mais variada a preços mais baixos.
Este facto é fácil de entender. Se uma empresa não gere o seu negócio de modo eficiente, os clientes irão procurar outra empresa que satisfaça as suas necessidades através de um produto/serviço a um preço mais baixo ou ao mesmo preço mas com qualidade superior. São estas movimentações do mercado que podem levar uma empresa a ser substituída por outra que detém uma capacidade ou está disposta a fazer melhor ou por um preço mais baixo.
Sabe-se ainda que a concorrência dum determinado mercado é reforçada quando entram novas empresas pelo que quanto maior for o número de empresas a oferecer um produto/serviço mais concorrencial será esse mercado.
A exemplificá-lo está o que recentemente temos vindo a assistir no mercado da televisão por subscrição, a chamada "pay tv". Com o "spin-off" da PT Múltimédia do grupo Portugal Telecom, o mercado tornou-se mais competitivo. Em pouco mais de meio ano, verificamos que o serviço está tecnologicamente mais evoluído, disponibilizando um conjunto de funcionalidades interactivas - tais como, a gravação, pausa ou "video on demand" – e a preços mais baixos. A concorrência entre as duas principais empresas do mercado é visível, já se sentem os ganhos para os consumidores e espera-se que continue a proporcionar mais vantagens, através de mais e melhores serviços e a preços mais baixos.
Deste modo podemos concluir que o aumento do bem-estar dos consumidores depende, quase sempre, de uma questão de concorrência.
Vanda Lima é professora da Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Felgueiras. Licenciada em Economia, Mestre em Gestão e Doutoranda em Ciências Empresariais na Universidade do Minho.