Ao fim de tantos anos de vida universitária poderei ter que rever os meus pressupostos e crenças sobre governação universitária e políticas de ciência, tecnologia e inovação no país. De facto, dois zelosos e simpáticos funcionários acabam de sair do meu gabinete na universidade. Vieram visitar-me para ... medir o gabinete. Nem eles sabem bem para quê, mas depois duma breve troca de impressões, parece-me que o objectivo é imputar gastos gerais associados a um projecto de investigação em que estou envolvido!!! Dito de outra forma, a minha universidade é bem capaz de cobrir desta forma os gastos com a electricidade que consumo, o chão que piso e, quiçá, o ar que respiro! Embora o gabinete careça dumas pequenas intervenções técnicas, este episódio é algo que me alegra sobremaneira só de me fazer pensar no valor acrescentado que represento para o patrão. Ainda fiquei preocupado com a perspectiva de me quererem pesar ou medir. Mas, aparentemente, o sistema de afectação de gastos não vai tão longe. Talvez um dia. Mas aí, dois funcionários talvez não cheguem.