Ainda a propósito de reformas universitárias, não muito longe do Minho, há sinais de que as coisas estão a correr de forma muito diferentes. Por exemplo, este extracto da autoria de João Picoito, professor convidado da Universidade de Aveiro e CEO da Siemens Communications Portugal, saído no Expresso (via Universidade alternativa), traduz isso mesmo: «[...] embora não sendo suficiente, parece-me necessário alterar o modelo de governo das Universidades. Começar por separar a gestão estratégica ligada à componente académica - no ensino e na I&D - da gestão operacional, que deve ser profissional. Neste plano, integre-se o que há para integrar, aproveitem-se as sinergias operativas, estabeleça-se uma cultura de prestação interna de serviços e uma lógica empresarial, porque os recursos são escassos e as necessidades crescentes. Em suma, menos custos de "overhead" para mais e melhor ensino e produção científica. No plano académico, acredito na agregação das unidades orgânicas clássicas em novas áreas de saber, mais abrangentes, em rede, com liderança e escala. O conhecimento não se desenvolve em silos estanques, porque as ciências são realidades integradas, pluridisciplinares. O novo modelo de governo deve, sem ambiguidades, reafirmar a unidade da Universidade, reforçar o papel do seu líder, flexibilizar a gestão da mudança, e acomodar uma estratégia de competitividade.»