2008-12-02

Tom e Jerry no ensino superior

Porque é que de um momento para o outro a minha universidade (e, provavelmente várias outras instituições de ensino superior) encontraram as verbas necessárias para assegurar os seus compromissos financeiros de 2008, nomeadamente aqueles decorrentes da mão-de-obra? Terá o Governo aberto os cordões à bolsa como o ministro da pasta fez questão de dizer ao reconhecer que nenhum salário ficaria por pagar? Não creio. A hipótese que levanto é bem mais digna de Tom e Jerry: o Governo ter-se-á disponibilizado para acudir às situações de urgência mediante condições impostas às instituições (vulgo, colocar o tal "controlador financeiro" nas instituições aderentes), algo que estas rejeitaram (ou, pelo menos, foi esse o caso da Universidade do Minho), acabando por resolver o problema por outros fundos. Pelo menos, é esta a interpretação que faço da entrevista do reitor da Universidade do Minho ao Jornal Académico - Jornal Oficial da Associação Académica da Universidade do Minho (25 de Novembro de 2008), na qual volta a alertar que o problema se irá repetir em 2009, provavelmente de forma mais grave. Vale bem a pena ler a entrevista para percebermos como decorre nos dias presentes a relação do Governo com as instituições de ensino superior.
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