Felizmente que na "campanha" que está a decorrer para as eleições do Conselho Geral da minha universidade (a campanha sem aspas começa mais tarde) ainda ninguém lhe ocorreu sugerir colocar um anúncio na "imprensa internacional" para recrutar novo reitor, coisa que, ao que parece, está na moda lá para os lados do Lumiar. Mas devo aqui assinalar uma muito estranha coincidência programática entre um texto de discussão apresentado por um dos membros duma lista e as propostas de uma outra lista concorrente.
No primeiro, José Vieira, ex-candidato a reitor, escreveu em 23 de Dezembro de 2008: «Com o aproveitamento dos meios tecnológicos disponíveis é possível desenhar um campus ambientalmente sustentável baseado em princípios modernos de racionalização de custos, onde os espaços simples e combinados, criados em ambientes naturais com a presença de água, permitam usufruir do convívio com a natureza. O nível ecológico de um campus deve ser um elemento fundamental de análise ao desempenho dos seus espaços e lugares. Cada vez mais, a sustentabilidade e o respeito pelos ecossistemas se impõem como factores determinantes para o sucesso do ensino e da investigação pois contribuem decisivamente para que as pessoas se sintam mais motivadas, mais realizadas e mais felizes. (…) Neste contexto, a questão dos espaços e das instalações universitárias assume relevância especial. A necessidade de implementar formas diferentes de ensino, (…) implica a disponibilidade de espaços lectivos versáteis, polivalentes e flexíveis, o que requer abertura para a alteração, transformação e adaptação de espaços existentes.»
No segundo, em texto programático duma outra lista, escreveu-se em 11 de Fevereiro de 2009, o seguinte: «O movimento uma universidade com futuro! está convicto de que a gestão dos campi e restantes estruturas da Universidade do Minho deve seguir uma orientação de respeito pelo meio ambiente e de sustentabilidade ecológica, sendo exemplo de boas práticas neste domínio. Este entendimento deverá estar presente na criação de novos espaços físicos da Universidade e na implementação gradual de adaptações nos já existentes. Desta forma, e ainda pela promoção de práticas respeitadoras do meio ambiente por parte de toda a comunidade académica, existirão ganhos a diferentes níveis e registar-se-ão melhorias significativas no bem-estar de todos.»
Qual é a conclusão do leitor? Plágio ou sintoma de consensos?!