2010-08-01

Diário de Bordo (21)

[continuação] De Coimbra a Leiria percebeu-se facilmente que aquele troço da EN1/IC2 é dos mais perigosos do trajceto. Não só pelas obras em curso mas também por ter partes bastante sinuosas, servidas em simultâneo por subidas e descidas que dificultam a viagem do Vespista, algo que se agrava com bermas escassas e em mau estado. Antes de Leiria, uma breve paragem às 12 horas. A passagem por Leiria com a circular da cidade a subir em direcção à EN113 não se fez sem o respeito proporcionado por viaturas que voam ao nosso lado, literalmente, cheias de bolina. Ainda a subir, o percurso pela EN113, vestida com piso novo, seguido pela EN357 em direcção a Fátima decorreu com a certeza de que o destino se aproximava.

Cheguei bastante entorpecido mas com a sensação de dever cumprido. Desliguei o motor em frente do hotel exactamente às 12:45, isto é, sete horas e 15 minutos depois da partida de Braga, para um total registado de 287 kms. A Vespa mostrou-se em plena forma e, estranhamente, ao contrário do que previa, a hérnia discal não se ressentiu! Algo que iria necessitar de confirmação à noite, ao dormir e após o descanso. Depois do check-in no Lux Fátima e telefonema caseiro, uma sopa retemperadora acompanhada por um rissol de leitão, coisa que nunca tinha experimentado e que se revelou uma escolha acertada.

Em todo o percurso tinha-me cruzado com três Vespas, duas delas estacionadas, mas aos poucos começaram a avistar-se mais exemplares. Muitos mais. Para todas elas o tempo era de chegada. [continua]
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