«A maior fábrica europeia de baterias de lítio para automóveis eléctricos poderá ser instalada na Galiza, Espanha, a menos de cinco quilómetros da fronteira com Portugal, revelaram fontes ligadas ao investimento, que ficará a cargo de um consórcio liderado pelos japoneses da Mitsubishi. Em estudo está a localização em Salvaterra, precisamente em frente a Monção, que já pensa no emprego que poderá gerar… para o lado português. [...] Trata-se de um investimento estimado em 500 milhões de euros, capaz de criar mais de 1500 empregos e que, além dos japoneses, poderá ainda envolver o grupo PSA, que detém igualmente junto a Vigo a maior fábrica de produção automóvel de Espanha, entre as marcas Citroën e Peugeot. Nesse sentido, responsáveis dos dois grupos já reuniram há dias para acertar um entendimento que poderá ditar uma parceria para a construção de carros daquelas duas marcas, mas em versão eléctrica. A instalação desta fábrica de baterias eléctricas está fortemente inclinada para ser realizada em 200 mil metros quadrados da plataforma logística de Salvaterra / As neves, que fica exactamente do outro lado da ponte internacional que liga à vila de Monção. “A concretizar-se será uma grande notícia e, claro, uma fonte de emprego também para a população de Monção, mas sobretudo um incremento no dinamismo destas duas regiões transfronteiriças”, explicou ontem o presidente da Câmara de Monção. José Emílio Moreira só lamenta que a plataforma logística que se encontra junto ao seu concelho esteja “a andar muito lentamente”, tendo em conta a dimensão e “o ponto de viragem” que representará para toda a região. “A nossa relação privilegiada é com os espanhóis. São eles que enchem as nossas termas, os nossos restaurantes e os nossos hotéis, mas também investem nas nossas empresas. Por isso estamos a preparar uma zona industrial de 80 hectares em Monção e assim corresponder ao interesse que eles têm”, acrescentou o autarca. Os autarcas da região minhota garantem desta forma que estão atentos a esta plataforma logística galega, que espera gerar, no total, cerca de dez mil empregos directos nos próximos cinco anos, e este investimento não fugirá à regra.» (Rádio Geice, 30 de Agosto de 2010)