2010-10-27

Há o "low cost" e o "low cost"

O "low cost" está na moda. E não só por efeito da conjuntura actual da economia. É bem provavél que a mudança seja mais estrutural do que isso e corresponda à alteração de alguns padrões de compra e consumo. Ainda assim, sempre estive convencido que muito do discurso empresarial à volta do "low cost" não passe disso mesmo: discurso de boas intenções, sem aderência à realidade. O que leva muitas empresas a assinalarem o "low cost" e a praticar preços elevados. Enfim, um embuste bem implementado. E o caso que se segue é possivelmente um bom exmplo daquilo que se disse:

«A companhia aérea de baixo custo Ryanair reiterou ontem, à Lusa, o interesse em instalar uma base no Aeroporto de Lisboa, apesar de a concorrente easyJet ter já anunciado a abertura de uma base a partir do Inverno de 2011. "Continuamos a falar com a ANA, propondo a chegada de verdadeiras tarifas low cost a Lisboa", disse à Lusa o director de comunicações da Ryanair para a Europa, Daniel de Carvalho, realçando que "a capital portuguesa não tem nenhuma oferta verdadeiramente low cost". Daniel de Carvalho afirmou que "a easyjet tem uma tarifa média 50% mais alta do que a tarifa media da Ryanair, que é de apenas 35 euros". [...]» (OJE, 27 de Outubro de 2010)
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