«As alterações ao regime de acção social e as dotações financeiras para as instituições marcaram ontem a audição do ministro Mariano Gago pelas comissões parlamentares do Orçamento e da Educação. O PCP voltou a criticar o pagamento de propinas e desafiou o ministro a suspender a aplicação das novas regras de acesso às prestações sociais, que excluem alunos cujas famílias têm capital superior a 100 mil euros. O ministro reiterou que as verbas inscritas para a acção social são as mesmas de 2010. Na análise aos 2 192,6 milhões de euros (menos 3,2%) inscritos no orçamento de 2011 do Ministério do Ensino Superior, o Bloco questionou o ministro sobre uma redução de 100 milhões de euros nas dotações das instituições - verba equivalente ao reforço prometido às universidades e politécnicos ao abrigo dos "contratos de confiança" assinados no início deste ano. Mariano Gago respondeu que a diferença se devia às reduções salariais que vão afectar todos os funcionários públicos com rendimentos acima dos 1500 euros brutos mensais.» (Diário de Notícias, 10 de Novembro de 2010)