«Por vezes existem oportunidades de negócio nos sítios menos prováveis. Soube de um bom exemplo desses: existe uma empresa em Santiago de Compostela que faz uma coisa tão simples como guardar a viatura de um passageiro que se desloque de avião. No regresso entregam-lhe a viatura lavada. É básico, não é? Porque há-de ficar uma viatura estacionada vários dias no parque de um aeroporto a pagar preços exorbitantes? Afinal de contas, é sempre possível criar serviços mais atractivos. Evidentemente, o serviço, além de incomparavelmente mais barato, é mais completo e extenso. Chama-se a isto criar valor para o cliente.»
Quatro anos depois, parece que há novidades na capital do império:
«[...] deixar o carro no parqueamento do aeroporto sai caro. Apesar de haver voos a pouco mais de 20 euros, o estacionamento para, por exemplo, quatro dias, custa, no parque mais barato, 63,50 euros. A criação de um parque de longa duração melhorou muito a oferta do aeroporto mas, ainda assim, a utilização deste espaço é cobrada à semana (49,50 euros por oito dias) e requer uma reserva com 24 horas de antecedência. A partir de hoje, os utilizadores dispõem de uma nova alternativa. Trata-se de um parqueamento com capacidade para 1000 viaturas, explorado pela Aeroparques, uma empresa resultante da parceria entre a espanhola Lavacolla e a portuguesa Imoparques. O cliente pode marcar o serviço através da Internet ou por telefone e terá à sua espera, à porta do aeroporto, um funcionário para receber a chave do automóvel. Depois do carro ser fotografado - para que o seu estado possa ser comparado no final do serviço - o veículo segue para um parque com capacidade para mil veículos, no Prior Velho, a cerca de 2,5 quilómetros. Este está equipado com câmaras de videovigilância e outros sistemas de controlo. No fim da viagem, a entrega do veículo, lavado, processa-se de modo similar, podendo o pagamento ser feito em dinheiro ou multibanco.[...]» (Jornal de Noticias, 15 de Dezembro de 2010)
