Conduta ética, transparência e integridade

O Correio do Minho de hoje informa em primeira página que o código de conduta ética da Universidade do Minho acaba de ser aprovado pelo respectivo Reitor. Em circunstâncias normais, nada haveria a apontar - quiçá, talvez, isto fosse um acto de modernidade -, não fosse a circunstância da experiência mostrar que, paradoxalmente, muitas das instituições que dão passos nesta área sejam precisamente aquelas a que mais se pode apontar o dedo. De facto, ainda que se possa simpatizar com a ideia de um código destes, o certo é que também vêm à memória exemplos como as campanhas de responsabilidade social e ambiental de empresas petrolíferas altamente poluentes, ou os relatórios de governação transparente, ética e responsabilidade social pomposamente lançados por bancos suspeitos. Quando assim é, mais do que uma medida de antecipação, a necessidade de um código destes é também um sinal dos tempos em que vivemos.