Pragmatismo com Visões Úteis

Com aquele seu ar franzino-rebelde-chique, a miúda do bloco faz lembrar uma teenager que se revolta nos intervalos em que não está a alimentar o Tamagotchi ou a treinar o cão da Nintendo. Não é de ir tão longe como aqueles que vêm nela um Francisco Louçã de saias. Antes pelo contrário, como se percebeu através duma entrevista de lugares-comuns dada este fim de semana ao i. Diz que não faz teatro no Parlamento, embora seja actriz de profissão. O nome da companhia de teatro que ajudou a fundar não podia ser mais ajustado à circunstância: Visões Úteis. É este o novo romantismo vermelho do bloco: numa das suas cara-metades, mais jovem e feminino, pragmático, mas inconsequente e ilusório.