2013-03-01

Rede sem peixe

Eis que chega mais um convite: «Eu gostaria de adicioná-lo à minha rede profissional no LinkedIn». E um homem fica sem saber o que fazer. Por um lado tentado a aceder à simpática mensagem, ao que parece enviada de forma personalizada e com a fotografia bem colocada e sorriso atraente. Por outro lado, sabendo da falta de fundos para alimentar tanta conta, talvez com o receio que lhe cobrem comissão de manutenção, acaba por decidir não aceitar o convite e enviar palavras justificativas, garantidamente personalizadas, a quem o convidou. Fazendo-lhe notar que já faz parte da sua rede profissional e que, entre eles, não é necessária a intermediação do LinkedIN. É o que faltava! «A nossa rede está cá, quer haja LinkedIn ou não», respondeu. «Não precisamos disso para nos mantermos em rede». Desta vez, o convite foi para uma "rede profissional" mas há quem já o tenha tentado seduzir para outros mundos maravilhosos da partilha electrónica com promessas de infinita e eterna amizade. E com isto fica pensativo: há tantos anos a estudar redes e ao mesmo tempo a tentar fugir delas. Pelo menos de algumas.
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