«O setor dos vinhos em Portugal enfrenta nos últimos anos uma estagnação do consumo e, por outro lado, a opção por parte dos consumidores por vinhos com um preço mais baixo. Em sentido oposto as exportações nacionais têm vindo a registar aumentos na ordem dos 7% ao ano. Este cenário obriga as empresas portuguesas, em particular as pequenas e médias empresas (PME’s) a adotarem estratégias de negócio mais eficazes e eficientes, de forma a manterem níveis de competitividade superiores. Para as empresas produtoras de Alvarinho da sub-região de Monção e Melgaço, estes aspetos assumem especial relevância porque, sendo empresas de dimensão reduzida e com baixos volumes de produção, só a aposta em produtos diferenciadores e de elevada qualidade lhes permitirá enfrentar a concorrência dos restantes vinhos nacionais e internacionais. A cooperação entre estas empresas parece, também, significar um aumento da sua capacidade para obterem sucesso nos mercados. Numa outra dimensão, estas empresas devem optar por um modelo de internacionalização sequencial baseado nas exportações, uma vez que acarreta menos riscos para as suas estruturas. Esta investigação adota uma metodologia qualitativa, através de entrevistas em profundidade, aplicadas a agentes institucionais e a empresas. Tendo por base as proposições formuladas foi possível confirmar a capacidade das entidades do sistema científico e tecnológico para contribuírem para a valorização das estratégias de marketing das empresas e que a exportação parece ser o modo mais adequado para as empresas internacionalizarem. Não foi possível confirmar a adequação das políticas públicas para a sustentabilidade do setor; que a cooperação, nomeadamente no seio de um cluster, seja potenciadora da capacidade de internacionalização das empresas; e que a identificação de boas práticas nacionais e internacionais, passíveis de ser adotadas pela sub-região, possam contribuir para a potenciação do setor.»
2014-01-27
Alvarinho
Estratégia de Internacionalização e Competitividade do Vinho Alvarinho, assim se intitula a dissertação de mestrado recentemente submetida por Hugo Delgado. Que se resume: