Toca o telefone.
- Boa tarde.
- Boa tarde.
- Nós sabemos que o senhor é nosso cliente. O senhor sabe quanto está a pagar por mês?
- Mas se sou vosso cliente então não sabe quanto estou a pagar?!
- Peço desculpa mas não temos essa informação aqui.
- Lamento, mas não lhe vou dizer.
- Estamos a tentar propor-lhe novas soluções, mais interessantes e económicas para si.
- Então faça o favor de propor.
- O senhor conhece o pacote xpto, por y euros por mês?
- Sim. Mas eu já tenho esse pacote!!
- Peço desculpa. Boa tarde.
- Boa tarde.
E assim foi a conversa surrealista, em que cada um dos interlocutores tentou levar a água - ou, melhor dizendo, o pacote - ao seu moinho. Entretanto, o cliente fica na expectativa que o fornecedor possa disponibilizar aquele pacote a outro cliente mais carente, ansiando por um pacote obviamente mais atraente.