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Por estas bandas está-se em vias de terminar o segundo volume da trilogia O Século de Ken Follett. Deste popular autor nunca tinha lido nada (excepto obviamente o primeiro volume) mas a simplicidade como conta a história até agrada. À medida que leio, cada vez me convenço mais que é um autor que está para a literatura como as séries de televisão estão para o cinema: mais light, histórias mais arrastadas e demoradas, alguma previsibilidade no argumento, mas ainda assim histórias bem contadas e com qualidade. Estou ainda a terminar o segundo volume, mas nesta trilogia em que cada volume chega às largas centenas de páginas, fica de facto a mesma sensação das temporadas das séries de TV: há episódios, para não dizer algumas temporadas inteiras, que estão ali a mais, a fazer render o peixe, assim como quem enche chouriços. É uma opção deliberada mas discutível. Por isso mesmo, antes de saltar para o terceiro volume, vai fazer-se uma incursão em Turgueniev. Afinal de contas, apesar do sol, o inverno está aí próximo. E com ele um clássico da literatura russa.