Zeinal Bava - acho que é assim que se escreve - tornou-se um homem em quem todos gostam de desancar. Depois do descalabro da PT, BES, GES e o que mais virá, o ex-homem forte da PT colhe críticas depreciativas, acusações e recriminações, acentuadas por mais uma sessão inconsequente ocorrida ontem numa daquelas comissões-de-inquérito-do-parlamento-que-nada-acrescentam-e-servem-para-alimentar-a-vaidade-de-alguns-deputados.
Mesmo quando acumulava prémios de super-gestor, Bava sempre me pareceu um daqueles gestores que gosta do liberalismo aplicado aos outros. Mas a verdade, verdadinha, é que todos aqueles que agora o acusam - começando por jornalistas e os habituais opinion makers da praça, mas também políticos - são os mesmos que o idolatravam quando ele estava à frente duma empresa poderosa e geria orçamentos publicitários (e outros) de milhões, muitos milhões. Vá lá, deixem-se de hipocrisias, que está na altura de lhe agradecerem favores e outros jeitos.