A história das empresas deveria ocupar-nos mais tempo. Há histórias empresariais que vale a pena conhecer. Uma delas é a de Vilamoura, o popular destino de férias algarvio, ainda hoje uma das principais referências do turismo português.
De forma demasiado resumida e pouco explicada, diga-se de passagem, o Observador conta essa história tendo como pano de fundo mais uma transacção de ativos. Chama sobretudo a atenção a forma como a empresa, provavelmente a principal proprietária de terrenos na zona (a não ser que algum chinês anónimo tenha entretanto arrebatado uns quantos quarteirões com visto gold sem que nada se saiba) e que possui a concessão da muito chique marina local, tem mudado de mãos. Na verdade, apesar do nome tuga, a Lusort - empresa assim chamada que se encarrega de encher as ruas locais com faixas do tipo campanha eleitoral - foi vendida agora por uma empresa espanhola a uma empresa americana, mostrando assim que de luso só lhe resta o nome (e os terrenos).
Nas notícias que chegam do local há vários anos, nota-se como paira no ar uma grande incerteza e um silêncio comprometedor sobre os inúmeros projetos imobiliários equacionados para o local. Nesta linha, é significativo que o novo proprietário da Lusort se designe Lone Star, apesar de não faltar vizinhança abundante por aqueles lados.
De resto, a título de curiosidade, de acordo com o Observador, os planos para a zona envolvem a construção de lagos artificiais e casas às quais só se acederá por barco! Está bom de ver: espetáculo americano para o Travel Channel. Mas com programa sem emissão garantida.