Aquilo a que se convencionou chamar World Music não é a minha praia. Longe disso. Apesar da designação trazer consigo propostas de som alternativo, na verdade o termo sempre me pareceu uma designação que os anglo-saxónicos arranjaram para sons de outras geografias que não cabiam no seu repertório convencional. O que provoca o efeito de serem catalogadas propostas muito diferenciadas com o mesmo carimbo.
Por causa disso, bem ou mal, talvez de forma algo redutora mas mais consistente, eu associo o movimento a uma espécie de corrente post hippie.
A diversidade a que me referia - pelo menos em termos geográficos - está também ela presente no Festival Med. Em cada ano, este festival - também ele um festival de verão - apresenta no seu cartaz propostas variadas e de proveniências distintas. Por exemplo, nas dezenas de nomes de 2015, para além de Portugal, temos músicos de países tão distintos como Coreia do Sul, Israel, Peru, Brasil, Espanha. E, claro, não podiam faltar os africanos: Guiné Bissau, Congo, Nigéria, Angola, etc..
Se por um lado, esta opção pela diversidade parece incontornável, o preconceito de que a designação Med poderia querer restringir as sonoridades à orla do Mediterrâneo não passa disso mesmo.
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Este festival anual ocorre quase sempre no final de junho. Atendendo a que os meses de junho ou mesmo maio são dos melhores para desfrutar do Algarve, fica feita esta proposta de sons alternativos em Loulé. Este ano, lá estarei a experimentar a World Music de nomes em que nunca tinha ouvido falar.
Repórter X, boa vida e sugestões à volta do Apartamento na Quinta do Lago (Almancil, Loulé) e da Casa da Toca (Sá, Monção).