Na página 738 faz-se referência a Braga, "in the far north of the country». pic.twitter.com/8zmLGzB46h— Vasco Eiriz (@VascoEiriz) February 25, 2016
Creio ter alinhavado recentemente uma justificação para o interesse que a história contemporânea suscita. Não tanto por ter terminado a leitura do monumental Postwar - A History of Europe Since 1945 da autoria de Tony Judt (Vintage Books, London, 2010, 1/e 2005) que vem naturalmente acentuar esse gosto e curiosidade. Mas talvez porque o acumular de décadas de idade permite afirmar com alguma distância que se viveu determinada época ou se assistiu a acontecimentos importantes (a maioria, à distância, é certo) como muitos dos que são relatados na obra de Judt.
Existe uma memória desses eventos. Uma memória por vezes vaga e insuficientemente enquadrada e justificada pelas descrições e explicações que a História proporciona e sobretudo pelo distanciamento que o tempo permite. Justificações que são melhor conseguidas quando enriquecidas por outras ciências sociais como a economia, sociologia, ciência política ou geografia. A memória - ou, se se quiser, a reminiscência de acontecimentos do passado que se viveu - acentua esse gosto pela compreensão da história contemporânea. E a compreensão desse passado recente ajuda-nos a melhor compreender o presente que vivemos e a antecipar o futuro que nos espera.