2016-08-30
Criar novos negócios
O termo empreendedorismo tem um amplo significado. É utilizado com diferentes propósitos para significar coisas aparentemente tão distintas como, por exemplo, criar o próprio emprego ou criar algo através duma inovação e mudança, frequentemente mas não necessariamente de natureza tecnológica. Noutras circunstâncias o empreendedorismo refere-se a uma qualquer actividade que possui determinadas características (por exemplo, o crescimento das vendas) e resultados (por exemplo, criar riqueza), ao lançamento de novos negócios ou à revitalização de empresas já existentes. Em todo o caso, o significado que talvez seja mais popular refere-se à criação de empresas.
Porque é que muitos indivíduos sentem necessidade de empreender, criando empresas? Há, grosso modo, dois grandes tipos de incentivos à actividade empreendedora. Um deles é de natureza económica e o outro é de natureza social e psicológica. Entre os incentivos de natureza económica encontramos factores como, por exemplo, a propensão para criar riqueza, criar o próprio emprego ou satisfazer uma necessidade de mercado. Os factores de ordem social e psicológica que incentivam os empreendedores resultam geralmente da sua vontade em serem autónomos, realizarem-se pessoalmente associando a actividade empreendedora ao seu estilo de vida e, não raras vezes, desenvolverem actividades altruístas. Quais destes factores são mais importantes? Todos eles são importantes e tudo leva a crer que os empreendedores melhor sucedidos são incentivados simultaneamente por factores económicos, sociais e psicológicos. Estes incentivos complementam-se e permitem criar a energia necessária para os empreendedores vencerem os desafios que se colocam a si próprios.
Os empreendedores são geralmente ambiciosos e procuram atingir os seus fins com método e determinação, pensam no longo prazo, questionam constantemente formas de pensar e agir, têm uma profunda orientação para o mercado, dão importância aos detalhes da implementação dos projectos, e querem melhorar continuamente. São, em síntese, espíritos inquietos.
Mesmo assim, as taxas de insucesso na criação de empresas são elevadas, fundamentalmente devido a opções estratégicas frágeis e a limitações na gestão operacional do negócio. Não é raro, por exemplo, que muitos indivíduos que criam empresas não equacionem devidamente a posição que querem alcançar no longo-prazo, definam objectivos irrealistas, criem negócios em que a oferta não vai de encontro ao mercado escolhido, ou descurem o planeamento financeiro e de recursos humanos.