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Aprendizagem e Inovação em Colaboração com Clientes na Indústria Química
Cristiane Flávia de Oliveira Bastos Valente
2007
«No actual ambiente de negócios, o conhecimento é reconhecido como uma fonte de vantagem competitiva, uma vez que permite às empresas renovarem-se a si próprias e inovar. E é da tradução do conhecimento em novos produtos e serviços comercializáveis que depende, em grande parte, o crescimento ou, pelo menos, a sobrevivência das empresas. Estas deverão estar conscientes da importância do conhecimento e da aprendizagem e deverão criar um ambiente que facilite a aprendizagem organizacional. Deverão também aproveitar as oportunidades de aprendizagem oferecidas pelo seu contexto interno, bem como as que são oferecidas pelo seu ambiente. O estudo empírico realizado a partir de um questionário aplicado a 120 empresas da indústria química portuguesa revela que a colaboração com agentes externos, inclusive com clientes, tendo em vista a aprendizagem e a inovação, é uma realidade para várias empresas nesta indústria. A maior parte das empresas inquiridas no presente estudo envolve clientes nas suas actividades de inovação de um modo informal. Mas também acordos formais de colaboração com clientes para actividades de inovação são desenvolvidos por uma percentagem significativa daquelas empresas. Alguns desses acordos levaram à introdução de inovações no produto. Todavia, o presente estudo também mostra que as empresas deverão fazer mais, em termos práticos, no sentido de desenvolver uma aprendizagem efectiva. A existência de um departamento de I&D não se revelou uma condição necessária para a inovação no produto.»